segunda-feira, 29 de julho de 2019

A Semana 30 de 2019 - Conselho de amiga



Os filhos crescem, ganham asas e caminhos próprios, sabemos bem disso. E ao poucos, vamos nos repriorizando, voltando ao início de algumas relações mas com outro ponto de vista, começando outras. Eu pensei muito nisso nesta semana. Com a Sofia viajando e a Ana Luiza aproveitando os seus dias de férias com os amigos fui menos solicitada no meu lado materno, pelo menos fisicamente.  

Passeamos, eu e o marido, na Lagoa Rodrigo de Freitas com a Xina, nossa filha de quatro patas. Ela fica muito feliz cada vez que falamos "vamos passear?!". Roda, pula, se agita até colocarmos a coleira e sairmos porta a fora. 


Fomos os dois a uma festa julinha na casa de amigos. Dançamos, nos divertimos, rimos, conversamos, bebemos e comemos. 


Saímos em direção a Praia do Recreio para curtir o dia de sol. No caminho algumas nuvens apareceram no céu. Resolvemos então, parar na Praia de São Conrado que além de ser linda, entre o Morro Dois Irmãos e a Pedra da Gávea com as Ilhas Tijucas a frente, tem a pista de pouso de voo livre que são uma atração a parte. E bem no meio tem a barraca da baiana, já tradicional desde que era apenas uma carrocinha, com o melhor acarajé que se pode comer no #ridejanêro. E tem bolinho de estudante também que foi o meu café da manhã desse domingo. Um luxo! Bolinho de estudante, água de coco de frente pro mar.

Fazia muito tempo que eu não ia à Praia de São Conrado e foi muito gostoso estar ali. Saí de casa com um objetivo, com uma expectativa e acredito que foi melhor do que eu esperava para aquela manhã. Mudar os planos, estar aberta as mudanças e ter flexibilidade pode nos surpreender positivamente. A realidade de um dia nublado pode até se tornar melhor do que a expectativa de um dia de sol. Basta nos permitirmos.


Na segunda-feira o sol voltou, o tempo esquentou. Ótimo! Pude voltar a pedalar para o trabalho. O mesmo caminho, o mesmo percurso, o mesmo destino, porém com um visual completamente diferente. Os reflexos dos dias de ressaca mudaram o cenário e me proporcionaram contemplar outras belezas. 


Comecei e terminei a terceira temporada da série "La Casa de Papel". Eu já tinha maratonado a primeira e segunda temporadas que foram disponibilizadas juntas e estava ansiosa pela terceira. Fui agora procurar o post da primeira e me dei conta que eu não fiz. Gente, como eu não faço post das séries que eu vejo? Pura preguiça. Apenas comentei em um post semanal, da semana 06 de 2018. Mas nessa semana vai sair um post sobre a série. Aí falo melhor o quanto eu gostei. Ainda estou me sentindo órfã de série neste momento.


A semana foi intensa em termos de trabalho. E como eu sabia que assim seria, me organizei para fazer alguns passeios na hora do almoço e assim relaxar, não deixar o estresse tomar conta e me energizar para o segundo turno. Fiz uma visita ao Convento de Santo Antônio. Até fiz essa foto blogayrinha kkk. Me diverti. 


Saí com uma amiga divertida e interessante para uma conversa descontraída. Conversamos, comemos bolinho de feijoada maravilhoso acompanhando de caipirinha de caju. E ainda fizemos as unhas ali na mesa do bar mesmo. Porque somos dessas: fazemos tudo junto e misturado ao mesmo tempo. Aliás isso é que é otimização de tempo.


Em outro dia aproveitei a hora do almoço para ir ao Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica conferir a exposição "Sutur|Ar Libert|Ar", de Marcela Cantuária, que estava nos últimos dias em cartaz. Fiquei tão impactada com a força das obras que nem fotografei. Só me dei conta disso agora que fui buscar as fotos para fazer o post


Após sair mais tarde do que o normal do trabalho fui jantar com o marido. Uma comidinha japonesa para dois. 


Mais um almoço com diversão e arte. Fui visitar a exposição "Da linha, o fio", no Espaço Cultural BNDES. Bonita. Divertida. Interessante. Gostei de encontrar ali obras de Ismael Neri e Dacosta que reconheci da exposição "Modernos 10, Destaques da Coleção", na Casa Fundação Roberto Marinho.


Consegui assistir a cabine de imprensa do filme "Fourteen" que estreia no dia 08 de agosto. Um filme que fala de amizade e a complexidade dessa relação quando um dos lados apresenta instabilidade emocional e sofre com a depressão. O filme é mais lento, mas trata o assunto com muita sensibilidade. Farei um post sobre.


Nesta semana eu me lembrei muito dos conselhos de uma amiga. Esse conselho me foi dado quando a Ana Luiza ainda era praticamente um bebê. Essa amiga que trabalhava comigo, mãe de três filhos e recém separada do pai das crianças me dia que era importante cuidar da relação homem-mulher, era importante se preparar para quando os filhos crescerem e começarem a ter suas vidas própria. Que nesse momento era importante que a relação marido-mulher ainda existisse. Muito verdade. Esse conselho dela ficou comigo todo esse tempo. Muitas vezes cuidamos tanto da papel de pai e mãe que esquecemos o resto. E aí quando os filhos começam a crescer e ganhar asas podemos nos ver meio perdidos. Nos priorizar não é uma atitude egoísta, muito pelo contrário. É também entrega. Entrega a nós mesmos para podermos entregar o nosso melhor aos outros. É vital. É se permitir crescer internamente. É não se esgotar em um só papel. É se preencher em vários papéis. É buscar a felicidade.

Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.


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domingo, 28 de julho de 2019

Museu de Armas Históricas Ferreira da Cunha, em Petrópolis

Museu de Armas Históricas Ferreira da Cunha - um lugar que eu nunca tinha ouvido falar, apesar de a sua construção já ter chamado a minha atenção, até ver na página "Por Onde Andei - Passeios Históricos" a chamada para um passeio de visitação ao museu. Topei na hora!


O museu está localizado em Petrópolis, cidade da Região Serrana do Rio de Janeiro, ainda na subida da Serra da Estrela, logo após o Mirante do Cristo onde fizemos a nossa primeira parada.

Algo que me chamou a atenção nesta parada foi o fato de eu já ter ido a Petrópolis diversas vezes, ter passado por este mirante e nunca ter parado ali. Isso me fez pensar do quanto de espírito turístico realmente coloco em mim quando estou fazendo os passeios em regiões próximas ou que fazem parte do meu dia a dia. Um mirante desses em uma viagem ao exterior ou a outro estado nunca seria deixado para outra hora, ou para outra ocasião.

Essa curiosidade, essa urgência, essa necessidade de absorver tudo como se fosse a única oportunidade que temos quando estamos em turismo é que nos traz momentos de deslumbramento, de encantamento com a vida, de descobertas. Por isso é bom trazermos o espírito turístico para os nossos dias comuns.

O mirante é simples, mas com uma vista panorâmica belíssima a serra e para algumas cidades próximas dali. É gratuito. Tem lojinha e tem a escultura do Cristo, inaugurada em 20 de fevereiro de 1938, em seu ponto mais alto do mirante. É uma parada rápida e que vale a pena.



A poucos metros após o mirante está a entrada do curioso e imponente castelo em estilo medieval, todo construído em pedras aparentes.

Muitas das vezes que passei por ali me perguntei o que faria um castelo medieval naquela área, o que seria esta construção que está sempre fechada. Mas, mesmo com uma pontinha de curiosidade, esta nunca tinha sido suficiente para me fazer pesquisar sobre o lugar, verificar se tinha visitação ou não, etc. Ou seja, não tinha sido até então, uma curiosidade de turista, apenas uma curiosidade de alguém local e que pode retornar em outra hora.


Chegamos! Fomos recebido pelos proprietários (sim, é uma propriedade particular) e paramos no pátio dos canhões para fotos, para contemplar o visual.


E para recebermos as primeiras informações. Foi ali que ficamos sabendo que o castelo foi erguido graças à paixão do museólogo e colecionador Sérgio Ferreira da Cunha.


No portão de entrada ficamos sabendo que o médico por desejo do pai e depois museólogo por desejo próprio, Sérgio Ferreira da Cunha, descobriu em uma árvore genealógica que é descendente do Conde da Cunha, título criado por D. José e dado para António Álvares da Cunha em 1760. Tal conde foi o 9º vice-rei do Brasil entre 1763 e 1767 e até fez um brasão para a família Ferreira da Cunha e assim dar mais realidade ao castelo. Antes de entrarmos, a foto do grupo. 


O castelo foi construído para ser uma réplica bem real de um castelo medieval. Muitas pesquisas, visitas a castelos verdadeiros em vários países e conceitos estudados e aplicados. Logo na torre de entrada tem o calabouço para os presos importantes que ficavam expostos como troféus.  


Seguimos nossa visita cheia de histórias e encantos em um dia lindo de céu azul acompanhando as muralhas de pedras e plantinhas crescendo entre elas.  


Próxima surpresa foi a ponte levadiça sobre o fosso que não está preenchido com água até então. Os castelos reais era o refúgio dos habitantes do feudo. Quando ocorria a invasão inimiga, eram as  muralhas do castelo que abrigavam e protegiam a todos. A ponte levadiça, feita de madeira maciça e ferro, era o único ponto de acesso ao castelo e, após todos entrarem, era erguida para impedir que o inimigo entrasse. Já vimos muito isso em filme. Eu me senti viajando não apenas fisicamente, mas também no tempo.


Logo em seguida vemos mais um detalhe que mostra o perfeccionismo da idealizador do castelo. Em m dos acessos tem a trapa, uma armadilha para impedir o assédio de invasores que funciona tipo uma gangorra. Ao caminhar sobre essa ponte aparentemente inocente, após passar da metade, ela se vira para baixo e os invasores caem em um fosso. E tem mais curiosidade: é dessa armadilha que vem a palavra trapaça.


Andando mais um pouco, ainda na área externa do castelo, passamos por um galpão carroças utilizadas em batalhas e guerras. Essa por exemplo é a cozinha da tropa. 


O acervo externo já é bem rico com canhões, carros de gerra, estátuas como essa de Fernão Dias Paes Leme, bandeirante português, conhecido como caçador de esmeraldas. Além disso tem uma vista sensacional.


Chegamos a praça das armas que seria o pátio para treinamento das tropas.


E ficamos mais encantadas ainda com a beleza do local.


Queremos ver todos os detalhes.

 
De todos os pontos de vista.


E além do espírito de turista estar a flor da pele, despertando todos os sentidos, baixa o espírito "blogayrinha".


O pátio e a área externa do museu são um convite para fotografar. 


A gente até fica inspirada nas fotos tumblr (risos).


Depois de muitas fotos descemos para visitar as galerias subterrâneas. Como todo castelo medieval que se preze este também possui passagens subterrâneas para que, num momento de invasão, seus moradores pudessem fugir e até enganar os invasores. O passeio pelos 300 metros de galerias subterrâneas é uma aventura. Passamos por mais calabouço, por uma adega, tudo com passagem estreita, escura e água correndo no chão. Muito interessante.

Após voltarmos a luz do dia fomos recebidos com bolo, café e suco. É muita delicadeza e cuidado, né?



Depois sim é que fomos convidados a entrar nas salas de exposição com o acervo com peças desse armas do Império brasileiro e da Primeira e Segunda Guerras Mundiais, como armas curiosas e até armaduras de samurais.

Além da riqueza histórica do acervo, das curiosidades que descobrimos e aprendemos ao longo da visita, a vista do lugar compensa o passeio.

E na saída, já deixando a Fundação Museu das Armas Ferreira da Cunha com acervo tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, ainda ganhamos limões galego tirados diretamente do pé.



Valeu muito a pena a minha manhã de turista em um final de semana qualquer de inverno e fazer esse passeio. E pode até parecer que eu contei muitos detalhes da visita, mas garanto que não falei nem da metade. 

Passeio feito em grupo organizado pelo Flávio do "Por onde andei - passeios históricos".

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domingo, 21 de julho de 2019

A Semana 29 de 2019 - Entre o calor e o frio


Nessa semana a preguiça com o blog bateu forte. Fique longe daqui, mesmo tendo algumas coisas para postar. Aliás, pensando bem, eu acho que fiquei mais preguiçosa no geral. Acho que foram os dias frios e chuvosos no Rio.

Mas o início da semana ainda foi de sol e dias lindos.

Fiz um passeio de bate e volta ali em Petrópolis para aproveitar sábado de inverno e dia lindo e conhecer aquele castelo que despertava a curiosidade toda vez que subia a serra a caminho da cidade. O Museu de Armas Históricas Ferreira da Cunha é uma réplica de um castelo medieval com fosso, ponte levadiça, muralhas, galerias subterrâneas, vista incrível e muitas curiosidades. Esse passeio merece um post. E vai ter! 


Na volta eu dei uma passada rápida no café da Casa Firjan. Bateu um a vontade louca de doce e quis tentar pegar o café aberto. Consegui!


Depois foi a vez dos cuidados mãe e filha. Eu e a Sofia fomos para o salão nos cuidarmos juntas. Na hora da esmaltação eu fiquei na dúvida entre Love e Paixão. A resolvi ir de Deixa Rolar. Não resisto e acabo escolhendo o esmalte pelo nome. Sempre assim!


O clima na Casa Firjan com junta local e piquenique nos jardins estava tão gostoso  que resolvi voltar no dia seguinte.


Rolou showzinho de jazz, queijos, pastinhas e brinde de sorvete vegano com a a Sofia. 


Os dias úteis chegaram e o sol foi embora. Consegui ir pedalando apenas um dia. E vou dizer que sentir falta de ir de bicicleta para o trabalho.


Aproveitei um dia chuvoso para alimentar a alma na hora do almoço. Fiz um almoço cultural. Fui ao CRAB, na Praça Tiradentes, ver a Exposição "Brasilidade na Arte Popular". A mostra apresenta peças do Museu Casa do Pontal (algumas delas estavam na exposição "Fronteiras da Arte: Criadores Populares" que eu mostrei aqui no blog), que tem o principal acervo de arte popular do país. A exposição esta bem bonita, alegre, colorida, cheia de memórias e referências a nossa cultura e é gratuita.
Uma boa notícia é que o Museu Casa do Pontal, que estava fechado devido a inundação sofrida nas últimas chuvas no Rio, vai reabrir suas portas no final deste mês de julho graças a ajuda popular. E eu fui uma das colaboradas! Fiquei muito feliz!


No meio da semana comemoramos o aniversário da marido, pais da filhas, com um jantar japonês, do jeito que ele gosta. Teve brinde! Teve comes e bebes! Teve carinho! 


Já no final da semana a Ana Luiza que estava aproveitando as férias em Búzios chegou e a Sofia embarcou para sua viagem de férias. E o coração da mãe fica assim... divido... feliz por ver as filhas felizes e cheio de saudades.



Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.


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quinta-feira, 18 de julho de 2019

Filme "Jornada da Vida"



Quando eu recebi o convite para a cabine de imprensa do filme "Jornada da Vida" e vi que tinha o Omar Sy como protagonista já tive certeza de que queria assistir. Nem quis saber da sinopse. Nem liguei para o título meio clichê que me fez achar que eu iria derramar lágrimas e mais lágrimas.



Vou te contar, o filme é lindo! Não é carregado de sentimentalismo, apesar de ser cheio de emoções.
E a escolha de Omar Sy para o papel principal parece até óbvia, dando até um toque de autobiografia: o ator francês de origem senegalesa incorpora um ator francês que vai ao Senegal, o país que seu avô deixou no meio do século XX para tentar a sorte na França, pela primeira vez para divulgar o seu livro,

Conta a história de Seydou Tall (Omar Sy) um ator franco-senegalês retorna ao seu país de origem para promover seu novo livro. Yao (Lionel Louis Basse), garoto de 13 anos estudioso, que gosta de ler, e mora em uma aldeia no Senegal, está determinado a encontrar o seu ícone para autografar o seu livro. Para realizar o seu sonho, mesmo que isso signifique faltar aula e ter a desaprovação dos pais, o menino encara a viagem. Ou melhor a aventura! Pega carona e encara, clandestinamente, uma viagem de trem de mais de 300 quilômetros para chegar da sua aldeia remota a Dakar.

A determinação de Yao encanta Seydou que recebe o menino muito bem. Ainda impressionado com  Yao, e sentindo a falta de seu próprio filho na França, Tall decide abrigar e proteger o jovem. Assim ele decide acompanhar Yao de volta à sua aldeia. 

É aí que começa um road movie intergeracional e transcultural, que se torna uma viagem de autodecobrimento e retorno as próprias raízes africanas para Tall.  

Enquanto seguem pela estrada passando por paisagens africanas, o ator famoso deixa o tempo passar sem pressa, se desconecta e vai aos poucos abrindo mão de influências europeias e absorvendo alegrias e simplicidades da cultura africana.

O que torna o filme leve é que mesmo mostrando questões das aldeias africanas, não fala das mazelas da miséria, como falta de educação, prostituição, criminalidade, etc. Pelo contrário. Mostra a alegria e o colorido de quem se mantém na sua cultura, mostra pessoas comuns que vivem vidas comuns em um contexto cultural particular.

O filme fala de amizade, de descobertas, da importância de conhecer e valorizar as  próprias raízes.

Sinopse: "Em seu vilarejo no norte do Senegal, Yao é um garoto de 13 anos de idade disposto a tudo para encontrar o seu herói: Seydou Tall, um famoso ator francês. Convidado a promover o seu novo livro em Dakar, Tall retorna ao país de origem pela primeira vez. Para realizar o seu sonho, o jovem Yao prepara uma fuga e atravessa 387 quilômetros sozinho até a capital. Comovido com este jovem, o ator decide fugir às obrigações e acompanhá-lo de volta à sua casa. No entanto, pelas estradas empoeiradas e incertas do Senegal, Tall compreende que ao se dirigir ao vilarejo do garoto, ele também parte ao encontro de suas raízes.".




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terça-feira, 16 de julho de 2019

A Semana 28 - Flexibilidade na agenda


As semanas que eu consigo incluir algum programa cultural na minha agenda me parecem mais interessantes. Eu gosto! No final de semana, início desta semana, fui à Exposição Djanira - A memória do seu povo que está em cartaz na Casa Fundação Roberto Marinho. Aproveitei com calma, observei as obras expostas, a reação das pessoas que as observavam, as cores, as sensações. Passeei por todas as peças no meu tempo, vi e revi as que mais gostei. 


Preparei um jantar simples, mas co toque especial de romantismo. A ideia era fazer uma massa totalmente vegana, porém saborosa. Usei um macarrão vegano, o molho pesto vegano feito pela Sofia, preparei tomatinhos confit. Mas quando vi o Grana Padano na geladeira, não resisti. Saboreei! Ou melhor, saboreamos!


Assisti a segunda temporada da série "Good Girls". Não maratonei como a primeira. VI ao longo da semana, alguns episódios todos os dias. Essa segunda temporada tem tramas mais profundas, mais tensas com aquela sensação de que tudo vai de mal a pior, porém mantém o humor.  Alguns episódios foram mais arrastados justamente por querer extrair ao máximo o tema abordado e outros foram mais dinâmicos e engraçados. A segunda temporada de "Good Girls" foi além das questões morais e abordou assuntos como quando gosto do poder sobe à cabeça, a ambição, divisão de papeis entre homens e mulheres, entre maternidade e trabalho, o quanto focar no trabalho acima de tudo afeta as relações.


Continuei indo de bicicleta para o trabalho, me exercitando, me sentindo mais leve, me divertindo até com os imprevistos. Logo no primeiro dia útil me deparei com a passagem subterrânea alagada. Passagem interrompida. Como seguir? Atravessar as pistas do Aterro do Flamengo não é opção para mim que morro de medo de ser atropela. Resultado enfrentei as escadas da passarela com a bicicleta praticamente no colo. O esforço foi compensado pelo resto do caminho e pela sensação de superação, de força de vontade e pela determinação em seguir em frente.


Finalmente terminei de Pintar as duas garrafas que estavam paradas no meio do caminho. Eu não tinha gostado do resultado, das cores escolhidas. Mas uma pequena mudança fez o resultado surpreender. Não tem certo ou errado quando se trata de pintura, tudo pode ser ajustado, corrigido, alterado.


Reservei um tempo entre o trabalho e a aula de pintura para sentar com uma amiga, conversar, rir, desabafar, trocar ideias, compartilhar histórias e tomar uma caipirinha. E daí que a semana está apenas começando? A agenda pode e deve ser flexível. Roteiros podem e devem ser improvisados. 


Assisti ao filme "Jornada da Vida", que estreia no dia 18 de julho, na sessão especial para a imprensa. Muito bom! Muito bom mesmo. Terá post ao longo da semana sobre o filme. 


Mudei de planos, replanejei, encaixei o tempo. A minha filha me ligou me pedindo para ir em casa na hora do almoço. Ela queria almoçar comigo e prepararia a refeição para nós duas. O trabalho não é tão perto assim de casa, não é apenas um pulinho. Mas um convite irresistível merece ser aceito. Exige flexibilidade sim. Fazer esse tipo de replanejamento, não permitir que uma agenda cheia de deveres e obrigações impossibilitem substituições por pequenos prazeres traz uma sensação de liberdade e controle da vida indescritíveis. 


Continuei indo de bicicleta para o trabalho mesmo tornando o meu percurso mais londo devido ao alagamento da passagem subterrânea. Aproveitei para ter outros olhares e me encantar com outros pontos de vista. 


Encontrei as amigas para um happy hour com muita conversa boa e comida japonesa. 


Permitir flexibilizar a agenda, replanejar, mudar a rota, improvisar o roteiro, apreciar os pequenos prazeres faz com que os meus dias sejam atravessados com mais leveza, mais alegria, mais disposição. 

Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.


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