Os filhos crescem, ganham asas e caminhos próprios, sabemos bem disso. E ao poucos, vamos nos repriorizando, voltando ao início de algumas relações mas com outro ponto de vista, começando outras. Eu pensei muito nisso nesta semana. Com a Sofia viajando e a Ana Luiza aproveitando os seus dias de férias com os amigos fui menos solicitada no meu lado materno, pelo menos fisicamente.
Passeamos, eu e o marido, na Lagoa Rodrigo de Freitas com a Xina, nossa filha de quatro patas. Ela fica muito feliz cada vez que falamos "vamos passear?!". Roda, pula, se agita até colocarmos a coleira e sairmos porta a fora.
Fomos os dois a uma festa julinha na casa de amigos. Dançamos, nos divertimos, rimos, conversamos, bebemos e comemos.
Saímos em direção a Praia do Recreio para curtir o dia de sol. No caminho algumas nuvens apareceram no céu. Resolvemos então, parar na Praia de São Conrado que além de ser linda, entre o Morro Dois Irmãos e a Pedra da Gávea com as Ilhas Tijucas a frente, tem a pista de pouso de voo livre que são uma atração a parte. E bem no meio tem a barraca da baiana, já tradicional desde que era apenas uma carrocinha, com o melhor acarajé que se pode comer no #ridejanêro. E tem bolinho de estudante também que foi o meu café da manhã desse domingo. Um luxo! Bolinho de estudante, água de coco de frente pro mar.
Fazia muito tempo que eu não ia à Praia de São Conrado e foi muito gostoso estar ali. Saí de casa com um objetivo, com uma expectativa e acredito que foi melhor do que eu esperava para aquela manhã. Mudar os planos, estar aberta as mudanças e ter flexibilidade pode nos surpreender positivamente. A realidade de um dia nublado pode até se tornar melhor do que a expectativa de um dia de sol. Basta nos permitirmos.
Na segunda-feira o sol voltou, o tempo esquentou. Ótimo! Pude voltar a pedalar para o trabalho. O mesmo caminho, o mesmo percurso, o mesmo destino, porém com um visual completamente diferente. Os reflexos dos dias de ressaca mudaram o cenário e me proporcionaram contemplar outras belezas.
Comecei e terminei a terceira temporada da série "La Casa de Papel". Eu já tinha maratonado a primeira e segunda temporadas que foram disponibilizadas juntas e estava ansiosa pela terceira. Fui agora procurar o post da primeira e me dei conta que eu não fiz. Gente, como eu não faço post das séries que eu vejo? Pura preguiça. Apenas comentei em um post semanal, da semana 06 de 2018. Mas nessa semana vai sair um post sobre a série. Aí falo melhor o quanto eu gostei. Ainda estou me sentindo órfã de série neste momento.
A semana foi intensa em termos de trabalho. E como eu sabia que assim seria, me organizei para fazer alguns passeios na hora do almoço e assim relaxar, não deixar o estresse tomar conta e me energizar para o segundo turno. Fiz uma visita ao Convento de Santo Antônio. Até fiz essa foto blogayrinha kkk. Me diverti.
Em outro dia aproveitei a hora do almoço para ir ao Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica conferir a exposição "Sutur|Ar Libert|Ar", de Marcela Cantuária, que estava nos últimos dias em cartaz. Fiquei tão impactada com a força das obras que nem fotografei. Só me dei conta disso agora que fui buscar as fotos para fazer o post
Após sair mais tarde do que o normal do trabalho fui jantar com o marido. Uma comidinha japonesa para dois.
Mais um almoço com diversão e arte. Fui visitar a exposição "Da linha, o fio", no Espaço Cultural BNDES. Bonita. Divertida. Interessante. Gostei de encontrar ali obras de Ismael Neri e Dacosta que reconheci da exposição "Modernos 10, Destaques da Coleção", na Casa Fundação Roberto Marinho.
Consegui assistir a cabine de imprensa do filme "Fourteen" que estreia no dia 08 de agosto. Um filme que fala de amizade e a complexidade dessa relação quando um dos lados apresenta instabilidade emocional e sofre com a depressão. O filme é mais lento, mas trata o assunto com muita sensibilidade. Farei um post sobre.
Nesta semana eu me lembrei muito dos conselhos de uma amiga. Esse conselho me foi dado quando a Ana Luiza ainda era praticamente um bebê. Essa amiga que trabalhava comigo, mãe de três filhos e recém separada do pai das crianças me dia que era importante cuidar da relação homem-mulher, era importante se preparar para quando os filhos crescerem e começarem a ter suas vidas própria. Que nesse momento era importante que a relação marido-mulher ainda existisse. Muito verdade. Esse conselho dela ficou comigo todo esse tempo. Muitas vezes cuidamos tanto da papel de pai e mãe que esquecemos o resto. E aí quando os filhos começam a crescer e ganhar asas podemos nos ver meio perdidos. Nos priorizar não é uma atitude egoísta, muito pelo contrário. É também entrega. Entrega a nós mesmos para podermos entregar o nosso melhor aos outros. É vital. É se permitir crescer internamente. É não se esgotar em um só papel. É se preencher em vários papéis. É buscar a felicidade.