Assim que eu fiquei grávida comecei a ouvir, ou melhor, comecei a prestar atenção em frases do tipo: "criamos os filhos para o mundo", "os filhos não são nossos, e sim do mundo", "o importante é criar os filhos para o mundo", etc. Frases que achei verdadeiras, que em alguns momentos soaram como poesias, outras me pareceram clichês e até cheguei a compartilhar mensagens como essa:
É que tudo isso me parecia meio distante, ainda faltava muito tempo para as minhas filhas serem do mundo, aliás, no fundo, no fundo, essas sentenças me pareciam mesmo teoria. A questão é que eu pisquei e elas, as frases, viraram realidade.
E eu como fiquei? Confesso que a minha felicidade foi maior do que a minha preocupação. Talvez por eu ser o tipo otimista, por confiar na base que dei para a Ana Luiza, por saber o quanto essa experiência seria boa para ela, ou por tudo isso junto e misturado. Mas a verdade é que fiquei muito feliz por ver a minha filha se realizando.
Tá certo que o coração aperta de saudades, mas ainda bem que hoje nós temos a tecnologia a nosso favor e com isso tive notícias todos os dias, além de ver algumas fotos no Instagram. Isso acalma o coração, tranquiliza a alma. Vai dizer que ver fotos como essa não faz toda e qualquer preocupação ficar pequena perto da felicidade de ver a alegria da filha?
Acho que passei pela primeira experiência com louvor, só acho, e já chegou a segunda vez da minha "pequena" querer ganhar mais um pedacinho do mundo sozinha e ter as próprias experiências.
Dessa vez o sonho que está sendo realizado é:
E o que eu faço aqui? Eu tenho orgulho de ver a minha filhota correndo atrás dos sonhos dela, confio na base de valores que dei até hoje e torço para que eu possa confirmar que foi suficiente, fico grudada no celular aguardando notícias (já recebi mensagem avisando que já passou pela imigração e está no aeroporto de Atlanta esperando o voo para São Francisco) e fotos, muitas fotos é claro.
Sim, o coração está bipolar: em um instante está apertado de saudade e ansiedade, já no instante seguinte está expandido de tanta felicidade por ver a filha crescendo, aprendendo, conquistando, descobrindo um céu de possibilidades, voando, literalmente voando.
Como diz a Martha Medeiros na crônica "
As mães e os filhos do mundo", no livro "A Graça da Coisa":
"O mundo é do tamanho das ambições dos nossos filhos. E do nosso amor por eles, onde quer que estejam.".
A
Mônika,
Mãe Bivolt, fez um post relatando o
lado mãe no Sonho Disney que vale a pena ser lido neste link
AQUI.
A crônica "
As mães e os filhos do mundo" pode ser lida na íntegra na página
Crônicas de Martha Medeiros, neste post
AQUI.