Semana de feriado com tempo de sobra para aproveitar a cidade, fazer passeios, curtir a natureza. Mas foi no feriado que o resfriado invadiu o meu "corpitcho", a tosse não me deixou dormir e a preguiça dominou o meu ser.
Nesses momentos agradecemos a existência e as contas da Netflix e do NOW, ligamos a TV, cercamos de baldes de pipoca, potes de sorvete Ben and Jerry's, fatias de pizza e nos envolvemos com vida inventadas, vidas reais, histórias contadas.
Foram quatro filmes na ótima companhia da minha filha.
"Carol"
Como a chamada na Netflix anuncia: uma mulher rica casada, Carol Aird (Cate Blanchett), e uma balconista, A jovem Therese Belivet (Rooney Mara), embarcam em um verdadeiro carrossel de emoções ao se envolverem em um romance proibido em plena década de 1950.Baseado no romance "The Price of Salt", de Patricia Highsmith, o longa conta a história de Therese, uma balconista de loja de departamentos inocente, jovem e inexperiente na arte do amor que se apaixona por Carol, uma mulher experiente que se divorciando do marido (Kyle Chandler).
Se hoje em dia ainda temos muito preconceito em relação a relacionamentos entre o mesmo sexo, imagina isso na década de 1950?! Algo totalmente desaprovado, imoral, praticamente inconcebível.
Sabendo do que teriam que enfrentar para viver os seus sentimentos as duas não os relavam imediatamente. E esse tempo imprime o ritmo do filme que passa de forma mais lenta com uma construção cuidadosa das personagens.
Um filme lindo, sutil, com atuações brilhantes e impactantes que nos faz pensar sobre o amor, a liberdade de escolha das pessoas, as convenções das sociedades e preconceitos. E ainda tem um cenário lindo de uma viagem de carro que as duas mulheres fazem que dá vontade de viajar.
"Vice"
O filme conta a história de Dick Cheney (Christian Bale), um dos políticos mais impopulares dos estados unidos, que foi muito mais do que vice do George W. Bush. Foi quem realmente governou o país.
Mas o filme não se limita a este período apenas. Mostra a trajetória de Dick Cheney desde o inicio de seu casamento com Linda (Amy Adamns), quando era praticamente um "caso perdido", alguém que tinha sido expulso da Universidade (vaga conseguida graças a influência da mulher), que se entregava à bebida e tinha um emprego medíocre.
Após um ultimato de Linda, Dick resolve entrar nos eixos e descobre sua aptidão para política indo trabalhar com Donald Rumsfeld importante político da época que era do Partido Republicano. Em determinado momento da vida Dick Cheney se vê obrigado a abrir mão da vida pública em prol da família. Mas mais trade não resiste em voltar a ativa quando recebe o convite para ser Vice de George W. Bush. Cargo que ele aceita com a condição de realmente ter poder.
Foi interessante o destaque dado a Linda, uma mulher forte, ambiciosa e que estava por trás das ambições e conquistas do marido. Aliás me pareceu que a sede de poder dela era ainda maior do que a dele.
O filme mostrou bem o perigo que é não pensarmos também no Vice na hora de eleger os nossos políticos.
"Lolo - O Filho da Minha Namorada"
Comédia francesa eu já gosto! Ainda mais quando é uma comédia despretensiosa com humor irreverente que faz o riso rolar fácil. Acrescente a isso cenas no sul da França e em Paris. Tá garantido!
Sinopse: "De férias no sul da França, Violette, sofisticada parisiense quarentona que trabalha no mundo da moda, encontra Jean-René, um modesto técnico de informática recém-divorciado. Após anos de solidão, Violette deixa-se seduzir. René junta-se a ela em Paris, tentando se adaptar ao ambiente parisiense no qual ela vive. Mas não conta com a presença de Lolo, filhinho querido de Violette, disposto a tudo para destruir o casal e conservar seu lugar de favorito.".
Violette precisa voltar para Paris, retomar a sua vida, mas Jean-René está de mudança para a cidade luz. Lá eles dão continuidade ao romance e Jean-René é apresentada a Lolo, o filho querido e amado de Violette.
Lolo é inicialmente um adolescente ou adulto jovem educado, amigo da mãe, porém mimado pela mãe. Conforme o convívio do trio, Violette vai se demonstrando uma mãe extremada, um pouco neurótica e que não enxerga o lado ruim do filho que faz tudo para atrapalhar o romance da mãe com JR. São nas tentativas doentias de Lolo para afastar o inocente Jean-René de sua mãe que rolam as cenas mais engraçadas.
"O que as mulheres querem"
Mais uma comédia francesa. Dessa vez uma comédia de mulheres, feita por mulheres e precisamente com mulheres no centro das atenções.O filme enquanto conta a história e desejos de onze mulheres com caminhos diferentes e variadas, mas que encontram-se de certa forma entrelaçadas, tenta dissecar a complexidade da mulher forte, atual, contemporânea, incontrolável, decidida do século 21. Para isso tenta mostrar o que tem "Sob a Saia das Meninas", tradução do título original, passando pela CEO tirânica e sem vida social (Vanessa Paradis), sua assistente amigável (Alice Belaïdi), a mãe dona de casa (Marina Hands), uma motorista de ônibus com os hormônios borbulhando e marido pouco interessado, a lésbica vulnerável, a mãe que se recusa a ver sua filha crescendo e em negação da menopausa (Isabelle Adjiani).
Um elenco feminino magnífico que é um verdadeiro desfile de atrizes talentosas vivendo mulheres cada uma com sua personalidade, sua realidade, seus medos, suas dúvidas, seus problemas, sua maneira de ver a vida e o amor. Em cada uma delas podemos encontrar algo para nos identificar.
O problema dessa comédia atrevida e irreverente é exatamente o muito. A mulher atual é muito. ão muitas mulheres, muitas vidas. E para mostrá-la muitas histórias são necessárias. São tantas histórias a serem contadas em pouco tempo que torna o filme meio confuso. Juro que fiquei meio perdida, meio no superficial em cada uma delas, senti que a mensagem perdeu o impacto. Mas dei algumas risadas, me distraí e tossi pouco enquanto assisti.
Oi Chris, nada como ums dias para maratonar uma série ou assistir uns filmes! Ainda não assisti nenhum destes, as sinopses pareceram bem interessantes.
ResponderExcluirAbração!
OI Dalva, como ando com uma tosse danada, uma gripe que não ata nem desata, tenho ficado mais em casa e visto bastante filmes. É muito bom. Eu gosto.
Excluirbeijos
Chris
Que legal Chris!!!
ResponderExcluirConfoesso que nunca tinha ouvido falar desses filmes
mas é sempre bom conferir uma dica nova, não é mesmo?
Confesso que me interessei por Vice mais por Christian Bale e por Amy Adams rsrsrs
Beijocas da Pâm
Blog Interrupted Dreamer
OiPâm, eu gosto mutio de ter dicas. Às vezes fico perdida nas muitas opções disponíveis. Aí entro em um blog e pego uma dica. Resolvido.
ExcluirRealmente a dupla está sensacional. O filme já vale por eles.
beijos
Chris