Cachoeira da Imperatriz e Poço Tremiminó

 

O Rio não é só praia! Falo sempre isso por aqui. O Rio tem muitas cachoeiras espalhadas nas trilhas e matas. Na região do Horto do Rio de Janeiro, bem perto do Jardim Botânico, existem várias cachoeiras. A mais famosinha é a Cachoeira do Chuveiro. Mas tem outras menos conhecidas, como a Cachoeira da Imperatriz, que ainda é pouco visitada e a trilha é relativamente fácil fácil. E logo em seguida, apenas 100 metros após, tem o Poço Tremiminó ou Cascata do Engenho com uma ducha forte maravilhosa.

O início da trilha para a Cachoeira da Imperatriz fica no Solar da Imperatriz. O portão de entrada abre às oito horas da manhã.

Entramos pelo portão de acesso e seguimos contornando o Solar que abriga a Escola Nacional de Botânica, e faz parte do Jardim Botânico. Não é aberto a visitação. 

A construção histórica tem sua origem no mais antigo engenho de açúcar do Rio de Janeiro, o Engenho Nossa Senhora da Conceição da Lagoa, construído em 1575. O casarão e mais 58 chácaras faziam parte do engenho, que se estendia a todos os bairros que hoje circundam a Lagoa Rodrigo de Freitas.

O imóvel onde se localiza o Solar foi construído em 1750, arrendado, no final do séc. XVIII, e desapropriado por d. João VI, no início do séc. XIX, para a construção da Fábrica de Pólvora, que deu origem ao Jardim Botânico, em 1808.

O local tornou-se conhecido como Solar da Imperatriz, em 1829, pois acreditava-se que o Imperador d. Pedro I o teria dado de presente para a sua segunda mulher, Dona Amélia de Leuchtemberg.

Damos aquela olhadinha no Solar, ficamos com vontade de ver por dentro, mas não rola. Então, foco na trilha. Viramos à esquerda e seguimos pela rua, viramos à direita acompanhando as moradias até a parte dos fundos do Solar da Imperatriz.

Seguimos caminhando na ruazinha estreita até o final (uns cinco minutos de caminhada) quando encontramos a entrada da trilha a nossa direita. Apesar de não ser sinalizada nessa parte, é bem fácil de identificar. 

Entramos na trilha pela mata em si. O início não faz parte da Trasncarioca e não é sinalizado. Mas está bem marcada. Dá para seguir o instinto. Depois de alguns minutos de caminhada chegamos a uma bifurcação. Ali fiquei na dúvida. Tinha esse tronco caído no que parecia ser a trilha original à esquerda, um caminho ao centro e um à direita. 

O caminho ao centro estava mais claro, mais bem marcado e foi esse que seguimos. E estava certo. Mas adiante nos demos conta que a trilha do tronco caído se encontrava com o caminho que seguimos. 

Logo entramos na parte da Transcarioca e começamos a ver as sinalizações nas árvores. 

O caminho cheio de verde, borboletas, barulho de mata e de rio, e algumas surpresinhas. Cruzamos um córrego, passamos pelo Jequitibá do Solar (aqui tem placa indicando o caminho a seguir).

 

Algumas ruinas que parecem ser resquícios do antigo engenho (não tenho certeza).

E finalmente começamos a ouvir o barulho mais forte da queda d'água e a nossa esquerda tem a descida para a Cachoeira da Imperatriz. Um surpresa recompensadora! 

Nesse dia a queda d'água estava com um volume perfeito. E o poço tem um tamanho razoável para nos refrescarmos e relaxarmos. Ainda mais com a cachoeira vazia, só nossa!

Depois de um bom tempo aproveitando a Cachoeira da Imperatriz resolvemos voltar, mas antes seguimos mais 100 metros acima pela trilha e paramos para mais um tempinho de banho no Poço Tremiminó.

A dica é ir durante a semana, antes do meio-dia. Nesse dia eu entrei na trilha às 8h da manhã, cheguei na cachu por volta das 9h. Completamente vazia. Cachoeira particular. Refrescante. Reenergizante.

Outro ponto importante é sempre entrar na trilha a primeira vez com alguém que já conheça o caminho e sempre levar água. O ideal também é fazer a trilha de tênis e não como a pessoa aqui que faz de havaianas e vestido. Toda errada!

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