sexta-feira, 20 de maio de 2016

Trilha do Morro Dois Irmãos - sem lixo


Lá no final do Leblon, no início da Avenida Niemeyer, com o Vidigal aos seus pés está o Morro Dois Irmãos, figurinha fácil nas fotos de paisagens do Rio. E já fazia algum tempo que eu queria subir no seu topo e ver o visual lá de cima. 

Trilha do Morro Dois Irmãos

Mas será que eu consigo? Aproveitei um dia de folga, de sol pela manhã, de temperatura agradável de outono e lá fui eu encarar o desafio e sanar essa dúvida de uma vez por todas.

Combinei o passeio com o guia local conhecido como Russo que nos encontrou no ponto de ônibus em frente ao Sheraton. Tem muita gente que faz a trilha sem guia, mas eu prefiro fazer o turismo nas comunidades com um guia local. Além de ser uma ótima oportunidade para ouvir as histórias locais, ainda é um incentivo ao turismo de inclusão.

De lá caminhamos até a entrada da comunidade e subimos de kombi até a entrada da trilha. Dá para ir de moto-táxi também, ou a pé para quem tem bastante disposição. Eu preferi economizar as minhas pernas.

Existem dois pontos de início para a trilha, sendo que o mais conhecido fica ao lado da quadra da escola, antes do ponto final da van. Mas como estávamos com o guia local fizemos o outro caminho que é mais vazio.


A trilha entre árvores é bem demarcada e praticamente toda na sombra. 


Vamos caminhando, subindo, ouvindo histórias e nos surpreendendo a cada instante. 


Um detalhe: o nosso guia além de ótimo contador de histórias é um bom fotógrafo também. 

Antes de o cansaço bater tem um bom motivo para parar e bater uma foto.


Os moradores locais estão por toda parte.



E se bater aquela sede louca tem gente vendendo água em dois pontos da trilha, mas a natureza também fornece uma aguinha bem gostosa no coquinho do mato. 



A maior parte da trilha tem vista para:

- a Pedra da Gávea.

Pedra da Gávea

E enquanto a gente anda e se deslumbra, o gigante tá lá apagadão no seu sono de pedra.


- a Praia de São Conrado.

Gigante Adormecido


- e para a Rocinha que impressiona. Vista de cima ela é ainda bem maior.


Seguindo pelo verde bem preservado pelo trabalho de reflorestamento e manutenção feito pela comunidade, que ainda sofre com a irresponsabilidade de poucos. Vimos uma área que foi queimada por um sinalizador lançado por um turista inconsequente. Lamentável.


Mas a natureza é guerreira e insiste em sobreviver. Lindo de ver.


Olhando para baixo, além de termos noção de que já subimos "bagaraio", podemos avistar a comunidade do Vidigal com sua vista privilegiada para o mar.


E ali perdidas entre o céu e o mar, no meio da névoa típica das manhãs de outono do Rio, podemos ver as Ilhas Cagarras.


E quando a gente menos espera, assim sem se dar conta de que já estamos a 500 metros de altura, chegamos ao topo.


Que como todo bom topo tem o seu marco.


E uma vista de tirar o fôlego.


E de encantar com a Lagoa Rodrigo de Freitas em formato de coração (é muito amô), o Cristo Redentor, as praias do Leblon, Ipanema (com a Pedra do Arpoador), Copacabana e o Pão de Açúcar. Em um dia sem névoa a vista alcança até o contorno da Serra dos Órgãos. 

É muito deslumbre em um lugar só! Vale a pena, e como vale a pena a subida.

E pensar que poucos anos atrás isso tudo era inacessível para os turistas cariocas e estrangeiros devido ao domínio do tráfico...

Como não basta apenas desfrutar, temos também que preservar, não só guardamos a nossa garrafa de água, como recolhemos o lixo que encontramos no caminho.


É gente, é um absurdo, eu sei, eu concordo com você que é inacreditável que tem gente que vai desfrutar desse contato com a natureza, e mesmo assim destrói deixando o seu lixo pelo caminho. 


É meio incompreensível, né? A princípio quem se propõe a fazer uma trilha no meio da mata é porque gosta de natureza, não? E como, mesmo assim, consegue deixar tanto lixo? É tão simples colocar o lixinho na bolsa e quando chegar no final da trilha jogar no lixo...


É fácil sim. Se nós conseguimos carregar o nosso lixo e de outros mal educados que passaram por lá, todos conseguem carregar o próprio lixo. Ah, conseguem...


Se você for fazer o passeio seguem algumas dicas:

- levar água, 
- passar repelente e protetor solar,
- usar tênis e roupas leves,
- recolher o próprio lixo.

Se for contactar um guia, entre na página do Vidigal Trilhas / Guia Russo.

Na descida eu estava tão animada com o passeio que ainda aproveitei para:

- conhecer mais da comunidade - pura inspiração pelas ruas do Vidigal.
A Autora:
Chris Ferreira

Chris Ferreira

Eu, uma mãe integral mesmo trabalhando em horário comercial, que procura equilibrar os diferentes papéis da mulher com prioridades e alegria.

Acredito que podemos levar a vida a sério, mas de forma divertida e é isto que eu tento mostrar no blog.

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7 comentários:

  1. Já fiz esse passeio e foi incrível! E na época também tinha muito lixo. As pessoas não cuidam, é assustador....

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    Respostas
    1. Uau que pique Chris!!O lugar é lindo, vale a pena...eu ainda não conheço, sou meio mole para essas coisas...rsrsrs

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  2. Que lindo Chris! Adorei! As fotos ficaram lindas! E adorei a aguinha de coquinho!
    Beijinhos!
    https://dulcineiadesa.blogspot.com

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  3. Que lugar lindo, pena ser longe pra mim muitooo rsrs mas anotada a dica para uma futura visita.

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  4. Chris, vc é mesmo uma carioca apaixonada pela sua terra
    amo seus passeios! Adoro uma trilha! me leva?
    bjs
    Lele

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  5. Adorei, tenho muita vontade de conhecer, ainda vou visitar o Rio!
    Beijos!

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  6. Adorei, tenho muita vontade de conhecer, ainda vou visitar o Rio!
    Beijos!

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