Já falei aqui o quanto sou dessas que quando estou lendo um livro eu mergulho na história. Gosto mesmo de sentir as experiências dos personagens, na medida do possível, né? Então, eu estava lendo um livro em que a personagem foi morar e trabalhar na Île de la Cité, em Paris. Isso me fez viajar no tempo. Conforme a personagem caminhava e descrevia os seus passos e me lembrava dos meus.
Nossa chegada (eu, a Ana Luiza e a minha mãe) na Île de La Cité foi Pont d'Arcole, vindas do Hôtel de Ville (edifício da prefeitura). Primeira ver que travessamos o Sena juntas. É uma emoção ficar ali parada sobre qualquer um das muitas pontes vendo o rio correr, os Bateau Mouche passarem cheios de turistas que estão ali, como nós, realizando um sonho.
A Île de la Cité em Paris é a maior das ilhas do rio Sena e representa o verdadeiro centro histórico e geográfico da capital francesa. Só para ter uma ideia foi ali que Paris nasceu.
O nosso primeiro destino na ilha era a deslumbrante Notre Dame, principal atração turística da ilha. Aquela que está no nosso imaginário desde criancinha quando conhecemos a história do Corcunda de Notre Dame, Quasimodo, e sua Esmeralda.
Seguimos a Rue d'Arcole observando o entorno que já vai nos apresentando a todo encantamento envolvido com a Notre Dame.
Enfim nos deparamos frente a frente com a beleza monumental da igreja. Observamos os detalhes, entramos para ver a beleza interna e nos encantarmos com o maravilhosos vitrais. E claro, acendermos uma vela para agradecermos a oportunidade de estarmos juntas, três gerações, realizando esse sonho. Era a primeira vez das duas na cidade do amor e a minha segunda vez.
Mas queríamos mais. Experimentar e absorver ao máximo as vivências que aquele ponto histórico poderia nos oferecer. Fizemos o passeio de subir as torres. Eu me lembrava da sensação de claustrofobia que tive na primeira vez que subi as escadas estreitas. Mas me lembrava também da sensação de estar no alto das torres, perto do sino, das gárgulas tão temidas por mim quando criança e assistia ao filme do Corcunda de Notre Dame, e da emoção de ver a cidade do alto.
Além do mais, é do alto que temos a real sensação de que estamos em uma ilha no meio do Sena. Delá podemos avistar não somente as ruas e o movimento da ilha, como as margens do Sena e as diversas pontes (Pont Neuf, Pont au Chane e Pont St-Michel) que ligam a Île de la Cité a ambas as margens do rio e à vizinha Île St-Louis (também vale a pena um posseio por ela). A sensação é incrível. Aliás, eu adoro ter essa visão do alto, me traz uma percepção e localização melhor do local.
Saindo da catedral, bem em frente a ela, fomos ao Ponto Zero. Qual a onda de passar por ali? É que reza a lenda que quem pisa no Ponto Zero retorna a Paris. Então, bora lá dar uma forcinha na sorte, né?
Como falei, foi na Île de la Cité que começou a nascer a cidade de Paris. Por isso é ali que está o marco zero das rodovias francesas. É a partir desse ponto que se inicia a contagem da quilometragem de todas as rodovias francesas.
Agora procurando as fotos para fazer o post eu me dei conta que não fiz a clássica foto com os nossos pés sobre o piso. Taí um motivo para voltar a Paris.
É importante estar ligado nele, sabendo da existência desse símbolo, do contrário podemos passar despercebidos. Fui exatamente agora no Google Maps buscar a localização dele em relação a Notre Dame já que entre as 9.999 fotos que eu fiz, não tinha essa. Sério?! Tanta foto e na hora de fazer o post eu sinto falta de várias, pode?
Comemos por ali mesmo em um café na Rue Cloître-Notre-Dame. Me lembro que eu e a minha mãe fomos de sopa de cebola e a Ana Luiza de Croque Monsieur. Delícia! Comer em Paris é muito bom. Mas se eu tivesse lido o livro antes da viagem (nem sei se ele já tinha sido publicado) juro eu iria procurar algo para comer na Rue Chainoinese onde a personagem trabalhava.
Enfim, seguimos para o nosso segundo ponto, o Palácio da Justiça. Chegamos nele pela Rue de Lutèce.
O Palácio da Justiça é um conjunto arquitetônico que ocupa praticamente um terço de toda a Île de la Cité. E é ali que estão a Sainte Chapelle e a Conciergerie. Locais que queríamos visitar.
Seguimos para a deslumbrante Sainte Chapelle. Gente, o que é essa igreja. Simplesmente a mais deslumbrante de Paris. Nem sei dizer se é a mais deslumbrante da vida! Não, peraí, acabei de me lembrar da Igreja e Convento de São Francisco, no Pelourinho, em Salvador que é a igreja que tem mais ouro do Brasil. É páreo duro dizer qual é mais deslumbrante. Mas que a Sainte Chapelle é mais e mais de Paris, ah é.
As cores, os vitrais, a altura do pé direito, os detalhes, tudo! Um misto de imponência com singeleza. A Sainte Chapelle merece um post só para ela. Algo que eu não fiz ainda, mas nunca é tarde.
Só uma curiosidade: essa verdadeira joia da arquitetura gótica francesa era o local preferido do bailarino Rudolf Nureyve. Podemos ver a Sainte Chapelle no filme "O Corvo Branco" que conta a história do bailarino soviético que desertou para a França.
Sainte Chapelle já visitada, contemplada, admirada, seguimos para o nosso próximo objetivo que seria a Conciergerie que fica exatamente ao lado. Mas quem disse que encontramos a entrada que estava com faixa vermelha bem na nossa cara?! Não sei o que deu em nós. Não sei se era fome, cansaço, frio, tudo junto ou apenas o impacto causado pelo colorido da Sainte Chapelle. Mas não encontramos.
O lado bom de não termos encontrado é na busca rodamos todo o Palácio da Justiça caminhando e beirando as duas margens do Sena. Com isso pudemos ver praças, ruas, lojinhas, cafés e cenas do dia a dia parisiense. Vimos até um cidadão sendo preso.
Depois desse tour circular por essa parte da Île de La Cité fomos para a Ponte Neuf. O engraçado é que apesar do seu nome, esta é a Ponte mais Velha de Paris. Vai entender?!
Na Ponte Neuf, até 2018, tinha suas grades repletas dos "cadeados do amor".
É claro que fizemos a nossa foto lá.
Essa foi a primeira ponte de pedra e une as duas margens do Rio Sena. É belíssima com seus 12 arcos, sendo entrecortada pela ponta da Île de la Cité. Que finalizou a construção da Ponte Neuf foi Henrique IV por isso na Place Dauphine, bem em frente a Ponte tem uma estátua do dito cujo.
Abaixo da emblemática Ponte Neuf, que até já foi nome de filme ("Os amantes da Ponte Neuf, com Juliette Binoche) está a Square du Vert-Galant.
Obs: a ponte que vemos ao longe, a direita, na foto abaixo é a Pont des Arts que inicialmente era a ponte dos cadeados, mas que parte da grade desabou em 2014. Essa viagem foi em 2015 e ainda tinha alguns "cadeados do amor" nela.
A Square du Vert-Galant é um charme! Essa pracinha fica bem ma ponta da ilha. Tem um jardim lindo e cheio de árvores, além de estar mais próximo das águas do Sena. É um recanto bem tranquilo em alguns momentos e bem disputado em outros, como no pôr do sol por exemplo. Os parisienses costumam fazer piquenique por lá.
Bem no final da praça está a ponta da Île de la Cité. As pessoas se acomodam no parapeito de pedra e ficam ali observando a passagem dos cruzeiros de Bateau Mouche embaixo do salgueiro chorão. Lindo, né?
Da Ponte Neuf e arredores demos por encerrado o nosso rolé na Île de la Cité e retornamos para a Bastilha, pela Rue de Rivoli encerrando o nosso segundo dia em Paris no hotel.
No sexto e último dia da nossa estadia em Paris demos um jeito de retornar a Île de la Cité para finalmente encontrar a tão evidente entrada Conciergerie.
A Conciergerie é um lugar interessante de se visitar, ainda mais se é a sua primeira vez em Paris (acho que quando vamos a primeira vez em uma cidade temos sim que fazer todos os passeios clichês possíveis). Nem chega perto a beleza e impacto da sua vizinha Sainte Chapelle, mas tem história.
Curiosamente, os prisioneiros eram autorizados a comprar alguns confortos para "suavizar" os seus últimos dias de vida. Em uma cela padrão os prisioneiros dormiam sobre o feno. Porém quem desejava um pouco mais de conforto podia optar por uma cela dupla com uma cama e travesseiro.
Já os que podiam pagar, que tinham família rica, tinham a opção de comprar uma cela exclusiva, com uma cama, mesa, vela e algum material para escrever.
Foi na Conciergerie que Maria Antonieta ficou presa por meses antes de ser decapitada. Mas a cela de Maria Antonieta era bem espaçosa e mobiliada.
Conciergerie visitada, Île de la Cité e seus pontos mais interessantes devidamente visitados!
A leitura do livro "A adorável loja de chocolates de Paris" me deu saudades dessa viagem. E também me deu ânimo para fazer o post desse passeio.
Diário de viagem - Seis dias em Paris:
é uma sensação tão boa ler um livro sobre um lugar que já estivemos, né? E nunca tive muita vontade de conhecer Paris, mas lendo seu post mudei de ideia.
ResponderExcluirBeijos/Kisses.
Anete Oliveira
Blog Coisitas e Coisinhas
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Oi Anete, é muito bom sim. Adoro reconhecer os lugares em filmes e livros
Excluirbeijos
Chris
Amei o post, quanta experiencia incrível e de uma beleza sem fim, né? Fiquei com muita vontade de conhecer.
ResponderExcluirBeijos,
www.tammycezaretti.com.br
Oi Tammy, foi ótima a experiência sim. Maravilhosa.
Excluirbeijos
Chris
Uma bela viagem!!! 👏👏👏👏👏
ResponderExcluirFoi sim uma bela viagem.
ExcluirE foi muito bom relembrar.
beijos
Chris
Eu babei nessas fotos. Que lugar maravilhoso. Poderia ficar horas admirando a arquitetura local!
ResponderExcluirBeijo.
Cores do Vício
OI Pathy,
Excluirque bom que gostou das fotos. Sempre que vou fazer os meus posts eu acho que não tenho fotos boas e fico lamentando as fotos que não fiz. kkk
beijos
Chris
O passeio foi mesmo maravilhoso, ótimas descrições e fotos sensacionais! Encantei-me com esses vitrais e suas cores!
ResponderExcluirAbração, Chris!
Oi Dalva, esses vitrais são de cair o queixo. A gente fica lá dentro encantada com as cores. Maravilhoso.
Excluirbeijos
Chris
Uau! Que lugares encantadores!
ResponderExcluirEssa é uma daquelas viagens pra ficar pra sempre na memória.
Uma arquitetura de tirar o fôlego
https://naoseavexe.blogspot.com/
Oi Paulina, nossa... fica sim pra sempre. Uma experiência que vale a pena. Tendo a oportunidade devemos aproveitar.
Excluirbeijos
Chris
Olá!
ResponderExcluirEu amo conhecer lugares e essa viagem com certeza foi um encanto, acompanhei alguns posts aqui e acompanhei pelo instagram, as fotos estão impecáveis.
Beijocas.
https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/
Já estive em (quase) todos os locais que as fotos mostram. Simplesmente lindíssimos.
ResponderExcluir.
Saudações poéticas
Que lindas fotos! Parabéns pelo texto e imagens, me senti "viajando" sem sair de casa!
ResponderExcluirAbraços!
Chris, as fotos são realmente encantadoras, e confirma os dias incríveis que passaram por lá...
ResponderExcluirMuito legal sua inspiração e saudade vir da leitura, já relembrou a maravilhosa viagem, fez o bolo, percebeu que uma das fotos não tinha os pés, um belo motivo para voltar...rs Lindas e belas recordações, que vale a pena reviver...
Beijos
Ju
Que lugar incrível e cheio de histórias. Me deu vontade de visitar esse lugar.
ResponderExcluirBom fim de semana!
OBS.: O JOVEM JORNALISTA está em quarentena de 22 de julho à 31 de agosto, mas comentarei nos blogs amigos nesse período.
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Oi, Chris!
ResponderExcluirEssa postagem está de tirar o fôlego, minha amiga!
Logo eu que sou apaixonada pelas imagens da França!
Adoraria viajar para conhecer, depois da França, quero conhecer a Itália, especificamente Roma. Li um livro maravilhoso que fala dos mínimos detalhes de Roma e que me deixou com vontade de conhecer! o livro se chama: Meu amigo Romano e é muito divertido!
Beijão!
Drica.
www.cafelivrosesonhos.com