Segunda semana do nosso roteiro de onze dias pelo Marrocos. Se a primeira semana nesse país de contrastes, paisagens exuberantes e cultura marcante já tinha sido sensacional, imagina a expectativa para a segunda onde passaríamos pelo deserto e finalmente chegaríamos a Marrakech?
Sexto dia no Marrocos foi daqueles dias em que o percurso surpreende tanto quanto o destino. Que país fascinante é esse? Saímos da movimentada Fez em direção a Erfoud, um oásis de tamareiras à beira das dunas de areia do Saara. Só um país exuberante e cheio de contraste como o Marrocos que nos possibilta sair de uma cidade Medieval e atual e cheia de história como Fez; se encantar com o sol nascendo na estrada; parar em uma cidade serrana com clima e ambientação de Suiça com estação de esportes de inverno e tudo, como Ifrane; rodar quilômetros de estrada sem se cansar da beleza da natureza por sua diversidade (passamos pela maior reserva de cedros, montanhas verdes com resquícios de neve de uma lado e montanhas rochosas e desertas do outro lado); socializar com povos nômades e no final de tudo chegar ao deserto do Saara e apreciar o pôr do sol. Sensacional!
Outro ponto bem interessante no nosso caminho foi ver o sistema de captação de água do século XII. Um verdadeiro testemunho histórico e cultural (e até artístico, por que não?) de como o homem pode enfrentar a aridez climática e respeitar os recursos naturais. Continuamos a estrada para Tineghir no centro do Oasis de Todra. Sério, nesse percurso eu me senti a própria "Priscila, Rainha do Deserto". Passamos pela cidade Tinejdad e pudemos ver um pouco da vida que segue no Marrocos. A parada para almoço foi no Kasbah Lamrani. Comi uma truta grelhada maravilhosa. O ponto máximo desse caminho, para mim, foi a Garganta de Todra. Um espetáculo da natureza! Uma sensação de como somos pequenos diante da imensidão da natureza. Não resisti e caminhei pelo rio entre as falésias gigantescas. Continuamos na estrada passando pelo Vale de Dades com paisagens áridas e avermelhadas ao mesmo tempo cercado de árvores de tâmara, figo, maçã e as floridas árvores de amêndoas. Fechamos o percurso chegando em Ourzazate já com a noite caindo.
Oitavo dia no Marrocos. Agora sim estávamos pra lá de Marrakech! Saímos de Ourzate com destino a Marrakech. Um caminho longo, a princípio, mas que trouxe tantas surpresas que o tornaram bem agradável e proveitoso. Primeiro exploramos um pouco as atrações de Ourzatate. A primeira parada foi na Kasbah Taourirt, uma das mais bem preservadas do Marrocos e que atualmente funciona como um museu com acervo de arte Berbere. Essa Kasbah foi moradia de um califa que foi governante do sul do Marrocos durante a ocupação francesa. Esse digno senhor residia ali com sauas 4 esposas e mais 10 concubinas. Foi muito interessante ver e ouvir o guia explicando como a vida seguia e se desenrola dentro de um Kasbah. Em seguida fomos visitar o Studio Atlas, o primeiro "Ouallywood". Vários filmes e séries famosinhas foram garavados ali, como "Joias do Nilo", "A Múmia", "Gladiador", "Game of Thrones, entre outros. Metemos o pé na estrada. Tínhamos que cruzar o Alto Atlas. No caminho vimos a magnífica Kasbah Ait Ben Haddou da estrada. Paramos em um vilarejo próximo para apreciar melhor, fazer fotos, um xixi básico e umas comprinhas porque ninguém é de ferro. Pena que não exploramos a Kasbah mais de perto e por dentro. Ah, essa Kasbah foi cenário "Game of Thrones" e "Gladiador". Seguimos por estrada sinuosa e paisagens áridas até a parte mais alta do Atlas, Col de Tichka. A partir dali a paisagem começa a ficar mais verde. E a estrada sinuosa complementa o visual. Finalmente chegamos na tão esperada Marrakech já noite. Mas a essa altura da viagem eu e a Ana Luiza já estávamos bem atrevidinhas. Nada de ficar no hotel. Fomos explorar a Praça Jemaa El-Fna (que para mim passou para o topo da lista de lugares mais loucos do mundo), passamos no souk e até entramos na Medina, mas ficamos só no início dela porque as lojinhas já estavam começando a fechar. Voltamos para a praça e jantamos no Le Markech com vista pra Minarete da Mesquita. Todos esses pontos seriam explorados com mais calma no dia seguinte, mas já tivemos um aperitivo do seria Marrakech.
Nono dia no Marrocos. Dia de muitas emoções. Finalmente estávamos na esperada Marrakech que mexe com todos os sentidos de seus visitantes. Saímos cedo para visitar a Mesquita de Marrakech e seus jardins. Passeamos pelo Mellah, bairro judeu e seguimos seguimos para a visita a uma das atrações mais importantes da cidade, as tumbas saadianas. Uma joia da arquitetura marroquina construída pelo sultão Ahmed al-Mansour ed Dahbi. Uma câmera com 12 pilares em mármore Carrara e folheado ao ouro. Além do seu suntuoso túmulo o sultão saadiano construiu outros menores para seus parentes e pessoas importantes. Essa preciosidade ficou escondida por séculos. O sultão alauita Moulay Ismail tratou de esconder o túmulo com o intuito de esconder também a história e poderio de seus antecessores. Depois visitamos outra preciosidade, o Palácio Bahia, que significa "O Belo". O palácio foi residência oficial do protetorado francês em Marrakech e depois serviu de harém de Bu Ahmed que vivia ali com 4 esposas e 24 concubinas. Um exagero!!! Saindo do palácio andamos pelo souk e.nos embrenhamos nas vielas coloridas e movimentadas da medina com todo tipo de produtos comercializados. Lá fomos em uma fábrica de óleo de argan purinho-purinho. Voltamos para almoçar no mesmo restaurante da noite anterior, o Le Markech. Dali fomos perambular pela praça Jemaa El-Fna, símbolo da cidade. A praça é um verdadeiro palco de festival e manifestações culturais ao ar livre. Tem encantadores de serpentes, adestradores de animais (não gosto dessa parte, mas faz parte das atrações), grupos musicais diversos, teatro, dança, barracas de comidas e muita gente circulando. Ficamos ali até o cair da noite. Aliás foi a noite mais divertida da viagem. Seis mulheres rindo muito. Passamos merecedoras de todos os camelos do Marrocos a Mafiosas em segundos. Ainda querendo usufruir o máximo possível fomos a um dos muitos cafés que cercam a praça para comer, beber, rir mais um pouco e ver o movimento noturno na praça considerada obra-prima do Patrimônio Mundial pela UNESCO. Mas eu considerei mesmo como o lugar mais louco e efervescente do mundo (pelo menos por enquanto).
Décimo dia no Marrocos. Foi dia de despedida de Marrakech e seguir estrada em direção a praiana Essaouira. A nossa despedida de Marrakech foi com chave de ouro, no Jardim Majorelle. Lindíssimo, exótico, um oásis de calmaria dentro da efervescente Marrakech. O caminho até Essaouira é relativamente curto, inclusive é um dos passeios de bate-volta possíveis pra quem está em Marrakech. Mas nós fomos para ficar uma noite. O caminho como sempre é exuberante e surpreendente. Em meio a cenários totalmente áridos encontramos flores e rosas. Uma parada típica nesse percurso é nos verdadeiros "pés de cabra". Na verdade são árvores de argan e que por falta de alimento no chão, as cabras passaram a escalar as árvores e para ali no topo comerem o seu fruto. Isso ajuda na produção do óleo de argan, pois as cabras depois cospem as sementes. Atualmente já acho que os marroquinos colocam as cabras lá nas árvores para garantirem a atração (aí já não acho tão legal). Chegamos em Essaouira com fome e fomos almoçar o tradicional peixe na brasa que faz parte da gastronômica local. Paramos em uma espécie de mercado de peixe onde escolhemos o peixe e os frutos do mar, estes são pesados e grelhados. Uma delícia!
Dali fomos passear na Praça supercharmosa, cheia de cafés, na entrada da Medina. Mas o nosso primeiro ponto de visita foi muralha de Essaouira que é o principal ponto turístico da cidade, além da praia (a mais famosa e visitada do Marrocos). Muralha devidamente visitada, demos um rolé pelos souks e pela Medina apenas para reconhecimento da área. Fomos ver a orlae dar entrada no nosso hotel. Mal deixamos as malas no quarto e já voltamos caminhando pela orla para agora sim explorar a Medina e ver o pôr do sol da muralha.
Essaouira é charmosa e vale a pena ficar um tempo ali na praça deixando o tempo passar. Apenas curtindo.
Décimo primeiro dia no Marrocos. Saímos pela manhã de Essaouira. Claro que aproveitei para ver o sol nascer na praia e nem liguei para a temperatura de 9°C. Eu não sairia da cidade sem molhar os meus pezinhos naquela água, sem pisar na areia, e muito menos sem sentir a brisa do mar no meu rosto. O nosso destino era retornar a Casablanca. Um caminho pelo litoral. Sim, o Marrocos além da cultura mulçumana, de paisagens áridas, cidades em tons terrosoa, e deserto, tem também um litoral com praias lindas até pra nós brasileiros acostumados com as belezas do Nordeste, dab Região dos Lagos e da nossa Costa Verde. A nossa primeira parada foi Oualidia, uma vila de pescadores charmosinha que além das ostras, tem uma lagoa calma, com água cristalina e areia dourada. O nosso tempo em Oualidia seria para almoço e desfrutar da gastronomia local. A vila é conhecia pela culinária voltada para frutos do mar, em especial as ostras. Mas a minha dica é dispensar o almoço, comer algo rápido e fazer o passeio de barco pela lagoa. Lindo, tranquilo, relaxante. Alguns pescadores oferecem um passeio de cerca de 20 minutos pela lagoa onde podemos ver as criações de ostras e até experimentar algumas, ter uma visão panorâmica da vila e mais contato com a natureza. De Oualidia seguimos para El Jadida, a antiga cidade portuguesa de Mazagão. Agora o objetivo era visitar a área da muralha, classificada pela UNESCO como Património Mundial.
Dali metemos o pé na estrada. Precisávamos chegar em Casablanca em tempo porque a nossa noite de despedida do Marrocos prometia. Fecharíamos no Rick's Café, o badalado café do filme Casablanca. Para dar mais inspiração para a noite e já entrarmos no clima seguimos o final de estrada assistindo ao filme. Chegamos em Casablanca em tempo de uma voltinha rápida pelas lojas ao redor (eu queria comprar vinho marroquino). O jantar no Rick's Café foi tipo coisa de cinema.
Dali fomos passear na Praça supercharmosa, cheia de cafés, na entrada da Medina. Mas o nosso primeiro ponto de visita foi muralha de Essaouira que é o principal ponto turístico da cidade, além da praia (a mais famosa e visitada do Marrocos). Muralha devidamente visitada, demos um rolé pelos souks e pela Medina apenas para reconhecimento da área. Fomos ver a orlae dar entrada no nosso hotel. Mal deixamos as malas no quarto e já voltamos caminhando pela orla para agora sim explorar a Medina e ver o pôr do sol da muralha.
Essaouira é charmosa e vale a pena ficar um tempo ali na praça deixando o tempo passar. Apenas curtindo.
Décimo primeiro dia no Marrocos. Saímos pela manhã de Essaouira. Claro que aproveitei para ver o sol nascer na praia e nem liguei para a temperatura de 9°C. Eu não sairia da cidade sem molhar os meus pezinhos naquela água, sem pisar na areia, e muito menos sem sentir a brisa do mar no meu rosto. O nosso destino era retornar a Casablanca. Um caminho pelo litoral. Sim, o Marrocos além da cultura mulçumana, de paisagens áridas, cidades em tons terrosoa, e deserto, tem também um litoral com praias lindas até pra nós brasileiros acostumados com as belezas do Nordeste, dab Região dos Lagos e da nossa Costa Verde. A nossa primeira parada foi Oualidia, uma vila de pescadores charmosinha que além das ostras, tem uma lagoa calma, com água cristalina e areia dourada. O nosso tempo em Oualidia seria para almoço e desfrutar da gastronomia local. A vila é conhecia pela culinária voltada para frutos do mar, em especial as ostras. Mas a minha dica é dispensar o almoço, comer algo rápido e fazer o passeio de barco pela lagoa. Lindo, tranquilo, relaxante. Alguns pescadores oferecem um passeio de cerca de 20 minutos pela lagoa onde podemos ver as criações de ostras e até experimentar algumas, ter uma visão panorâmica da vila e mais contato com a natureza. De Oualidia seguimos para El Jadida, a antiga cidade portuguesa de Mazagão. Agora o objetivo era visitar a área da muralha, classificada pela UNESCO como Património Mundial.
Dali metemos o pé na estrada. Precisávamos chegar em Casablanca em tempo porque a nossa noite de despedida do Marrocos prometia. Fecharíamos no Rick's Café, o badalado café do filme Casablanca. Para dar mais inspiração para a noite e já entrarmos no clima seguimos o final de estrada assistindo ao filme. Chegamos em Casablanca em tempo de uma voltinha rápida pelas lojas ao redor (eu queria comprar vinho marroquino). O jantar no Rick's Café foi tipo coisa de cinema.
Outros posts sobre o Marrocos:
Este post faz parte da BC A Semana que tinha sido substituída pela BC #ReolharAVida em 2019 que veio substituir a BC #52SemanasDeGratidão que em 2017 substituiu a BC A Semana que por sua vez já tinha substituído a BC Pequenas Felicidades.
Muito bom fazer por dia a dia,assim nada escapará não esquecerá nada feito e curtido! Bjs chica
ResponderExcluirOI Chica, fica tipo um diário e com tudo registrado. Uma ótima ajuda para a memória. kkk
Excluirbeijos
Chris
Olá. Imagino que tenha sido o passeio dito perfeito. Andaram mesmo de camelo?
ResponderExcluirCumprimentos poéticos
Oi Ricardo, andamos de dromedário. Foi sim um passeio perfeito. Maravilhoso.
Excluirbeijos
Chris
nossa que post incrível para conhecer esse lugar tão diferente! adorei conhecer mais desses passeios maravilhosos por aqui
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
www.facebook.com/blogtofucolorido
OI Lívia, o Marrocos é incrível. Dá para ficar uns 20 dias por lá fácil.
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Chris
Gente, que lugar maravilhoso! Se eu já queria muito conhecer o Marrocos, agora então, muito mais! Que fotos maravilhosas!
ResponderExcluirBeijo!
Cores do Vício
Uau, esse lugar deve ser fantástico, tenho muita vontade de conhecer! ❤
ResponderExcluirhttps://www.kailagarcia.com
Estou cada vez mais apaixonada pelo marrocos, que lugar mais lindo
ResponderExcluirBeijos ♡ Blog | Instagram | Youtube
OI Ana Carolina, eu fiquei muito apaixonada pelo país. É muito lindo mesmo. Queri ter ficado mais tempo e aproveitado mais e com mais calma.
Excluirbeijos
Chris