Eu confesso que quando recebi o convite para ir à cabine de imprensa do filme "Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood" eu fiquei meio assim... será que ainda dá caldo? Ou melhor, dá filme? Não seria um remake (Saltimbancos Trapalhões de 1981) de uma adaptação (musical de Charles Möeller e Cláudio Botelho com músicas de Chico Buarque), da adaptação (peça teatral de Sergio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov) da adaptação (conto “Os Músicos de Bremen”, dos irmãos Grimm)?
Mas Saltimbancos para mim é irresistível e as lembranças da infância que Os Trapalhões me trazem bateram forte e lá fui eu conferir.
E que bom que eu fui. Tive uma grata surpresa. A nostalgia bateu forte. Me lembrei do quanto já ri com essa trupe. Voltei lá longe no tempo quando eles foram, em um Dia das Crianças, lá em São Pedro d'Aldeia. Voltei a um tempo mais recente quando vi com as minhas filhas pequenas os outros filmes do Renato Aragão já com a sua Lili. Voltei a 1981, ao primeiro filme "Saltimbancos Trapalhões" na época com os quatro integrantes do grupo e mais Lucinha Lins.
Em "Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood", Didi Mocó (Renato Aragão) tem uma difícil missão: salvar o Grande Circo Sumatra da crise financeira causada pela lei que proíbe a participação de animais em espetáculos. Diante das dificuldades e sem opção, o dono da companhia, Barão Bartholo (Roberto Guilherme) coloca o vigarista Satã (Marcos Frota) para administrar o circo e buscar outras alternativas para faturar com o espaço do circo. É aí que Satã, com o apoio de a sua namorada/comparsa, a Tigrana (Alinne Moraes), se alia ao manipulador prefeito Aurélio Gavião (Nelson Freitas) que possuem planos bem escusos para o circo.
Didi sonha literalmente com um novo espetáculo e conta com a ajuda de Karina Bartholo (Letícia Colin). Junto do seu amigo Dedé (Dedé Santana) e inspirando-se em sonhos mirabolantes com animais que falam e lhe dão conselhos misteriosos, Didi faz o roteiro do espetáculo que é a esperança de salvação do circo.
O filme traz a questão do uso dos animais em circos. Apesar de ressaltarem em vários momentos que os problemas atuais do circo são devido à ausência dos animais circenses, eles afirmam que a são a favor da proibição, que circo não é o local dos animais e que estes devem estar em seus habitats naturais.
"Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood" é leve, alegre, divertido, inocente, nostálgico e emocionante. Dá para dar boas risadas despretensiosas com as piadas inocentes, por vezes já batidas e até previsíveis. Dá para sentir a alegria e vibração do elenco, dá para sentir a emoção do Renato Aragão com a homenagem ao grupo. E claro, dá para cantar todas as músicas. Eu, pelo menos, fiquei cantarolando alegremente "Uma pirueta, duas piruetas, bravo, bravo" por uns três dias.
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Querida Chris
ResponderExcluirVotos de um Feliz 2017.
Há muito tempo que eu não vinha ao seu blog! Circunstâncias bem tristes de uma vida!
Eis-me de novo, ansiosa para que o filme chegue a Portugal, quem sabe?!
Obrigada pela sua maravilhosa explicação.
Um beijinho
Beatriz