Finalmente chegou o dia sonhado de mergulhar na famosa Barreira de Corais, reino da diversidade marinha, único organismo vivo na Terra que é visível do espaço, e motivo pelo qual viemos para Cairns.
Acordamos cedo, tomamos o nosso café da manhã na cozinha do hostel, usando os itens que compramos no mercado no dia anterior. Tudo estava lá na geladeira compartilhada sem ser mexido. Barriga forrada, seguimos caminhando para a Marina de Cairns. Após o check-in no balcão do Reef Fleet Terminal, embarcamos no cruzeiro de catamarã com ar condicionado triplo e partimos para o Mar de Coral felizes e cheias de expectativas.
Apesar de saber que eu sou chegada a um enjoo com o qualquer leve balanço do mar, preferi não tomar remédio achando que eu estava de boa e iria segurar as marolas. Deixa estar!
Navegação, lanchinho no barco, vento nos cabelos, sol na pele. Tudo lindo no caminho rumo a Grande Barreira de Coral, uma das sete maravilhas do mundo natural, que pode ser vista do espaço e nós veríamos de pertinho. De dentro d'água.
As opções no passeio que escolhemos eram variadas: snorkel, passeio de barco com fundo de vidro, batismo para quem não tem certificação de mergulho e mergulho para quem tem. Nós queríamos todas as opções de contato com esse oceano em vários tons de azul e esse recife composto por uma abundante vida marinha.
E fizemos de tudo! Fizemos snorkeling juntas. Depois a Ana Luiza fez um primeiro mergulho de cilindro, tipo batismo.
Enquanto isso eu fiz o passeio no barco com fundo de vidro. Um outro ponto de vista da Barreira de Corais.
Mais snorkeling e mergulhamos de cilindro juntas. Uma vez dentro da água, no fundo do mar, pudemos curtir a calmaria e serenidade do ambiente marinho. Os peixes coloridos de todos os tamanhos, tartaruga dorminhoca, arraia camuflada na areia, os recifes de coral levemente balançantes e os gigantescos corais duros que crescem no fundo do mar.
Tempo que passa sem percebermos. Eu não levei a Go Pro e não tinha uma câmera à prova d'água comigo, então não tenho registros físicos nem digitais. Apenas na memória.
Enfim, foram oito horas no mar que passaram rapidamente e muito bem aproveitadas. Teve mergulho de cilindro, mergulho tipo batismo para a Ana Luiza e depois até deixaram ela mergulhar comigo.
Teve muito snorkel, passeio de barco com fundo de vidro, muita vida marinha, muita emoção. Teve vento, sol, água do mar.
E teve enjoo da minha parte também. Mas isso é normal. É o meu lado maternal e caridoso que me faz querer alimentar os peixes. Sempre acontece, mas mergulhar é tão bom que vale a pena. Senti saudades da época que eu mergulhava sempre. Fiquei feliz por a Ana Luiza ter gostado do passeio, dos mergulhos, do dia.
Depois de oito horas de mar nós ainda queríamos mais. Então, paramos na praia artificial de Cairns para colocar mais sal na pele. À noite eu resolvi dar um up nessa nossa viagem universitária e nada de hambúrguer de oito dólares, nem smoothie que bebemos no caminho, nem macarrão com ovo na cozinha do hostel. Fomos a um restaurante legal, na marina, de frente para os decks com as embarcações.
Nos permitimos entradinha de lagosta, prato principal com frutos do mar e sobremesa.
Neste dia fui dormir feliz e ainda incrédula por ter realizado um sonho. E o melhor, realizei junto com a minha filha. Fui de me deitar ainda sem acreditar que estive tão perto, tão junto, tão dentro, da espetacular Grande Barreira de Corais. Só estando ali para ver com os próprios olhos para sentir sua grandeza.
Dica extra para quem vai mergulhar em qualquer local que tenha corais lindos e tentadores: Por mais que a gente se sinta tentado a tocar os corais, por favor, não devemos fazê-lo. Os corais são compostos de milhares de minúsculos organismos vivos que são muito frágeis, onde até mesmo um ligeiro toque humano afetará seu crescimento e longevidade. Além disso, eles são o lar e a fonte de alimento para uma grande variedade de espécies marinhas. Assim, tenha em mente que os recifes de corais são fundamentais para o ecossistema marinho; qualquer pequena destruição em um pedacinho deles, causa um efeito dominó de destruição em tudo no oceano.
Nós usamos um macacão para mergulhar por dois motivos: evitar o contato com águas-vivas e com os corais
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